Acordou um pouco mais despenteada do que foi dormir, o cabelo não estava nem preso nem solto por completo. Sentou-se na cama em absoluto silêncio, olhou em volta e tudo continuava do mesmo modo: revirado. Levantou, ligou o rádio e mesmo assim não proferiu nem o costumeiro bom dia ao radialista que dava as manchetes entre suas músicas favoritas. Perambulou de camiseta branca e calcinha rosa pela casa e toda a bagunça parecia não lhe afetar. Abrir e fechar a geladeira no automatismo de quem procura lago que sabe que não está ali se repetiu como um mantra, bem como nos outros dias.
Finalmente chegou ao banheiro. Tirou a camiseta branca, a calcinha rosa e abriu o chuveiro. Regulou a água, ou ao menos tentou – achava isso simplesmente um saco. Isso tudo sem meter os olhos no espelho, coisa quase impossível considerando o número deles espalhados pela casa. Mas ao fazê-lo tomou um susto. O batom vermelho sangue ainda estava intacto e ao relembrar a noite anterior sua reação foi correr para verificar sua carteira de identidade. Alívio imediato. Não se chamava Carla. Ela odiava esse nome, nome de puta. Nada contra as putas e não que toda Carla seja puta, entretanto caso quisesse se tornar uma esse seria seu nome de guerra. Só que o batom carmim a dava tal sensação, mas ao olhá-lo no espelho a única reação foi entrar no chuveiro que já fervia. E ali começou a esfregar com toda força e quanto mais esfregava mais saía e mais vermelho ficava. Desistiu. Terminou seu banho. Enrolou-se na toalha verde. O cabelo pingava. Resolveu por conta do incomodo das marcas dos pingos no chão a fez enrolar somente os cabelos. Passou o hidratante como se passasse chocolate no corpo e se vestiu com o deleite quem almeja servir de presa. Passou um batom cor de boca, um rímel nos olhos, calçou o salto. Foi até a identidade certificar-se de que seu nome era realmente ainda seu nome. É, o que está lá não é Carla.
Finalmente chegou ao banheiro. Tirou a camiseta branca, a calcinha rosa e abriu o chuveiro. Regulou a água, ou ao menos tentou – achava isso simplesmente um saco. Isso tudo sem meter os olhos no espelho, coisa quase impossível considerando o número deles espalhados pela casa. Mas ao fazê-lo tomou um susto. O batom vermelho sangue ainda estava intacto e ao relembrar a noite anterior sua reação foi correr para verificar sua carteira de identidade. Alívio imediato. Não se chamava Carla. Ela odiava esse nome, nome de puta. Nada contra as putas e não que toda Carla seja puta, entretanto caso quisesse se tornar uma esse seria seu nome de guerra. Só que o batom carmim a dava tal sensação, mas ao olhá-lo no espelho a única reação foi entrar no chuveiro que já fervia. E ali começou a esfregar com toda força e quanto mais esfregava mais saía e mais vermelho ficava. Desistiu. Terminou seu banho. Enrolou-se na toalha verde. O cabelo pingava. Resolveu por conta do incomodo das marcas dos pingos no chão a fez enrolar somente os cabelos. Passou o hidratante como se passasse chocolate no corpo e se vestiu com o deleite quem almeja servir de presa. Passou um batom cor de boca, um rímel nos olhos, calçou o salto. Foi até a identidade certificar-se de que seu nome era realmente ainda seu nome. É, o que está lá não é Carla.
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