segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Poema para Dulce Ventania

Não importa se onde moras não tenha árvores
Quase desnecessárias quando estás por perto.
Sua pele morena...
Seus pés descalços sobre o chão
São raízes que não te prendem.
Seus vestidos coloridos, flores de mil cores
Alegram as vielas por onde passas.
A risada repentina, os nomes que chamas nas portas das casas
mais parecem passarinhos que residem nos galhos
Toda a correria para recolher pipas que estancam faz com que a brisa venha visitar os corações empoeirados...

Mas quando colocas sua própria pipa no alto,
é aí, que fazes jus ao teu nome.
Teus olhos se acendem como a favela em noite escura.
Teu sorriso, entretanto, queima tal qual o Sol.
A pipa faz no céu uma ventania danada por conta de seu manejo.
Seca as roupas dos varais, faz voar os chapéus das cabeças das mulheres nas praias. A areia toma a pista, as ondas ficam boas para os surfistas.

E ao ver toda essa confusão
Vocês gargalham.
Você e sua pipa.

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